Pós-Jogo: Corinthians 2x2 Botafogo

 

Foto: Vitor Silva. 
Escrito por: Enzo Ferreira.


Desde que foi anunciado que a Neo Quimica iria financiar para ter o nome de sua marca no estádio em Itaquera, os torcedores do Corinthians imaginariam qual seria o cenário para o primeiro jogo desde o anuncio do Naming Rights.

Só que, após o final do jogo deste sábado, aquela expectativa de inaugurar uma nova fase da Arena e encerrar a semana em que o time paulista fez 110 anos com grande estilo, trouxe de volta aquela realidade na qual mostra a falta de identidade da equipe alvinegra.





Primeiro Tempo


Foto: Rodrigo Coca.


No apito inicial da partida, o Botafogo mostrou que queria ser um convidado indigesto e não se intimidou em Itaquera: Subiu a linha de marcação e levava a equipe comandada por Tiago Nunes ao erro. Se o Corinthians sofre com a falta de criação de jogadas ofensivas, o time carioca foi extremamente ao contrário: Bruno Nazário foi o nome da partida; além de buscar as bolas na linha de defesa, o meia campista de 25 anos despejou qualidade e não parava de chegar ao gol do goleiro Cássio.

Porém, quando parecia que o Glorioso estava mais próximo de inaugurar o marcador, Gustavo Silva sofre a falta na área e o juiz apita pênalti para o Corinthians. E logo Fagner, criado nas categorias de base do Parque São Jorge e com mais de 359 partidas disputadas, se disponibiliza para bater e acertar a cobrança, abrindo o placar na Arena.

Entretanto, o Botafogo não se intimidou e, logo em seguida, iguala o placar após uma cobrança de falta de Bruno Nazário e uma falha do goleiro Cássio. Vale ressaltar que o arqueiro, considerado por muitos o maior jogador da história do alvinegro, acumula a sua segunda falha em um intervalo de 6 dias, o qual é tolerado, até o momento, devido a idolatria sobre o atleta.

Após o empate, o carioca queria virar a partida e não lhe faltou oportunidades: até o final do primeiro tempo, o Botafogo tinha 7 finalizações contra apenas uma do Corinthians. Porém, a própria pontaria também foi a sua adversária nesta noite. E logo depois que o juiz finalizou os primeiros 45 minutos da partida, o Glorioso saia de campo fortalecido, após encurralar o Corinthians dentro de seu estádio e obter mais posse de bola, tendo como cabeça pensante ofensivo, o meia Bruno Nazário.


Segundo Tempo


Foto: Vitor Silva.


Antes do início do segundo tempo, o técnico Tiago Nunes tirou o principal articulador do Corinthians, Cantillo (creio eu, por conta de o atleta ter tomado cartão amarelo) e colocou o Otero para realizar a sua estreia em casa e ter mais profundidade entre as beiras do campo, recuando o Ramiro para auxiliar o Camacho no meio de campo. Só que pouco adiantou,

O Botafogo continuou pressionando o Corinthians, sempre induzindo os membros de sua defesa ao erro e, pouco a pouco, chega na área do time paulista. Porém, aos 15 minutos do segundo tempo, após o Jô ter a oportunidade de colocar o alvinegro na frente do placar novamente, só que foi impedido pela trave, a equipe melhorou e começou a protagonizar mais chances ofensivas, levando mais preocupações ao goleiro Gatito. Entretanto, existe aquele ditado no mundo futebolístico que se diz: “Quem não faz, toma”.

Em uma jogada bem trabalhada, na qual o marfinense Salomon Kalou bagunçou a defesa do mandante, deixando até Danilo Avelar no chão, terminou no gol da virada do Botafogo na Neo Química Arena. Resultado até então merecido, pois era nítido observar que a equipe carioca propunha mais o jogo e buscava mais o seu segundo gol do que o Corinthians, que apesar de ter aumentado a sua intensidade, pagou pela falta de repertório tática dentro de sua casa.

Ainda após o lance, o Corinthians buscou desesperadamente o gol de empate, procurando evitar um suposto “vexame” em uma nova fase de seu estádio e, nos instantes finais, parece ter neutralizado a situação após Otero subir mais do que os marcadores do Botafogo e igualar o placar. Porém, o VAR captou uma falta de Jô em cima de Marcelo Benevenuto e anulou o gol, aumentando ainda mais o drama alvinegro e encaminhando a partida para uma vitória merecida ao Botafogo.

Mas sabe como é o futebol, já que nem sempre aquele que realmente merece sai vencedor de um confronto e isso é relatado logo após aos 48 minutos do segundo tempo, Fagner ter encontrado o centroavante Jô, outro vindo das categorias de base do Corinthians, e o mesmo ter empatado a partida em Itaquera, salvando a equipe de terminar o sábado à noite com as orelhas queimando, terminando assim o placar por 2x2, resultado que não reflete o que realmente foi a partida.

O Botafogo foi valente, foi superior em quase todo o tempo durante o confronto e pagou pela falta de pontaria, cujo lhe custou a vitória fora de casa, mas tem a noção que merecia a vitória. Já por outro lado, o Corinthians segue sendo uma equipe sem nenhuma personalidade e é criticado, com razão, pela imprensa e pelos seus torcedores fanáticos, devido não só apenas pelos resultados pífios, mas pela falta de evolução desde o início da temporada.  




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