Pós-Jogo: Corinthians 2x2 Botafogo
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Foto: Vitor Silva. Escrito por: Enzo Ferreira. |
Desde que foi anunciado que a Neo Quimica iria financiar para ter o nome de sua marca no estádio em Itaquera, os torcedores do Corinthians imaginariam qual seria o cenário para o primeiro jogo desde o anuncio do Naming Rights.
Só que, após o final do jogo deste sábado, aquela expectativa
de inaugurar uma nova fase da Arena e encerrar a semana em que o time paulista
fez 110 anos com grande estilo, trouxe de volta aquela realidade na qual mostra
a falta de identidade da equipe alvinegra.
Primeiro Tempo
Porém, quando parecia que o Glorioso estava mais próximo de
inaugurar o marcador, Gustavo Silva sofre a falta na área e o juiz apita pênalti
para o Corinthians. E logo Fagner, criado nas categorias de base do Parque São
Jorge e com mais de 359 partidas disputadas, se disponibiliza para bater e acertar
a cobrança, abrindo o placar na Arena.
Entretanto, o Botafogo não se intimidou e, logo em seguida,
iguala o placar após uma cobrança de falta de Bruno Nazário e uma falha do
goleiro Cássio. Vale ressaltar que o arqueiro, considerado por muitos o maior
jogador da história do alvinegro, acumula a sua segunda falha em um intervalo
de 6 dias, o qual é tolerado, até o momento, devido a idolatria sobre o atleta.
Após o empate, o carioca queria virar a partida e não lhe
faltou oportunidades: até o final do primeiro tempo, o Botafogo tinha 7
finalizações contra apenas uma do Corinthians. Porém, a própria pontaria também
foi a sua adversária nesta noite. E logo depois que o juiz finalizou os
primeiros 45 minutos da partida, o Glorioso saia de campo fortalecido, após
encurralar o Corinthians dentro de seu estádio e obter mais posse de bola,
tendo como cabeça pensante ofensivo, o meia Bruno Nazário.
Segundo Tempo
O Botafogo continuou pressionando o Corinthians, sempre
induzindo os membros de sua defesa ao erro e, pouco a pouco, chega na área do
time paulista. Porém, aos 15 minutos do segundo tempo, após o Jô ter a
oportunidade de colocar o alvinegro na frente do placar novamente, só que foi
impedido pela trave, a equipe melhorou e começou a protagonizar mais chances
ofensivas, levando mais preocupações ao goleiro Gatito. Entretanto, existe
aquele ditado no mundo futebolístico que se diz: “Quem não faz, toma”.
Em uma jogada bem trabalhada, na qual o marfinense Salomon
Kalou bagunçou a defesa do mandante, deixando até Danilo Avelar no chão,
terminou no gol da virada do Botafogo na Neo Química Arena. Resultado até então
merecido, pois era nítido observar que a equipe carioca propunha mais o jogo e
buscava mais o seu segundo gol do que o Corinthians, que apesar de ter
aumentado a sua intensidade, pagou pela falta de repertório tática dentro de
sua casa.
Ainda após o lance, o Corinthians buscou desesperadamente o
gol de empate, procurando evitar um suposto “vexame” em uma nova fase de seu
estádio e, nos instantes finais, parece ter neutralizado a situação após Otero
subir mais do que os marcadores do Botafogo e igualar o placar. Porém, o VAR
captou uma falta de Jô em cima de Marcelo Benevenuto e anulou o gol, aumentando
ainda mais o drama alvinegro e encaminhando a partida para uma vitória merecida
ao Botafogo.
Mas sabe como é o futebol, já que nem sempre aquele que
realmente merece sai vencedor de um confronto e isso é relatado logo após aos
48 minutos do segundo tempo, Fagner ter encontrado o centroavante Jô, outro
vindo das categorias de base do Corinthians, e o mesmo ter empatado a partida
em Itaquera, salvando a equipe de terminar o sábado à noite com as orelhas
queimando, terminando assim o placar por 2x2, resultado que não reflete o que
realmente foi a partida.
O Botafogo foi valente, foi superior em quase todo o tempo
durante o confronto e pagou pela falta de pontaria, cujo lhe custou a vitória
fora de casa, mas tem a noção que merecia a vitória. Já por outro lado, o
Corinthians segue sendo uma equipe sem nenhuma personalidade e é criticado, com
razão, pela imprensa e pelos seus torcedores fanáticos, devido não só apenas
pelos resultados pífios, mas pela falta de evolução desde o início da
temporada.
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